segunda-feira, 26 de junho de 2017

Ao pé de Sesimbra IV

O incêndio que deflagrou no coração do nosso país deixou-me sem vontade de escrever. Escrever não é algo que se possa fazer sem energia ou sem sentimento e estes dias direccionei ambos para pensar neles. Soube que dois bebés, um de 6 meses e outro de 10, ficaram sem pais, o que me fez querer aproveitar ainda mais cada segundo da minha filha e ficar grata por a vida me sorrir.

É por isso também que a vontade de escrever voltou...porque no mesmo mundo que é cinzento, há também muita cor e gente boa. Muitos que perante a dor do outro, esquecem as lamúrias e se desdobram para fazer chegar conforto a quem ficou sem chão. Muitos que, por instantes, sendo pais, estudantes, trabalhadores ou simplesmente pessoas de férias a aproveitar a praia, guardam minutos ou horas do seu dia para edificar amor em ajudas de todos os tipos.

Agora que partilhei convosco esta clivagem de sentimentos - entre a tristeza pelo que aconteceu e a alegria de saber que a bondade continua por aí - vou terminar o meu roteiro de Sesimbra, finalmente!

Decidimos deixar um dia para uma ida a Tróia. Para quem é do Norte, com o mar por perto, pagar 21€ para ir de Ferry até à praia e ficar numa fila que parece não acabar para entrar no dito, parece absurdo. E é, mas ficamos a saber. Por lá, fomos a duas praias, ambas muito cheias. O destaque de Tróia vai para a pureza da praia e valeu também pela primeira viagem da Jasmim de barco!



Tínhamos mais um dia. Escolhemos ir para o Portinho da Arrábida, desta vez para desfrutar do dia na praia, o que com um bebé, requer alguns indispensáveis. Cada um terá os seus. Os nossos são protetor solar, água, merenda, máquina fotográfica e uma tenda dobrável, prática de transportar e que não ocupa muito espaço no carro. Para alguns, poderia dizer que é fácil de abrir, mas abrir e fechá-la pode revelar-se um grande desafio, para outros, como nós. Quem quiser, pode gastar mais uns trocos e comprar umas que abrem em segundos, sozinhas! A verdade é que são fantásticas para resguardar bebés e crianças dos raios uv, dar-lhes maminha ou colocá-los a fazer a sesta, além de guardar os mantimentos. Que dia de praia em cheio, para dizer adeus às últimas férias do ano!



Para o dia da viagem de regresso a casa, reservámos um espaço para uma ida a Sintra. Chegados lá e sem tempo para um programa que fizesse justiça a e tão encantadora, optámos por ir conhecer a Quinta da Regaleira. Foi a cereja no topo do bolo! O enigmático poço iniciático, a magia suspensa nas árvores dos intermináveis jardins, o detalhe em cada canto da casa, deixo-vos as fotos que falam por si...





sábado, 17 de junho de 2017

Ao Pé de Sesimbra III

Para quem é do Porto, estar em Sesimbra faz com que a ida a Lisboa seja obrigatória. Um dia mais cinzento foi o pretexto perfeito para irmos à Capital.

Antes da Jasmim nascer, conseguimos voos da Ryanair por 12€ no total, ida e volta no mesmo dia, para os dois. Estivemos na Baixa Pombalina, fomos a Belém comer natas em frente ao Palácio, andamos no elevador da Graça, fomos ao Bairro Alto, onde ainda se sentia o frenesim da noite, comer umas chamuças num tasco e ainda demos um saltinho a Almada.

Desta vez e não só para diversificar, a companhia da bebé exigia um programa mais calmo e mais definido e o Jorge lembrou-se de um lugar que já tinha visitado em pequeno: O Aquário Vasco da Gama. O bilhete é barato e faz as delícias das crianças, como dos adultos. A Jasmim adorou!

Para terminar, nada como recordar a Expo 98 com uma ida ao Parque das Nações, para jantar antes do regresso a casa.





Para quem quiser passeios culturais e históricos, sem sair de Sesimbra, há para ver também o Castelo de Sesimbra, com a sua magnífica vista sobre o Mar e a Serra ou o Monumento Natural da Pedreira do Avelino, onde ainda se verificam pegadas de Dinossauro, mais precisamente, de Saurópodes.



         





quinta-feira, 15 de junho de 2017

Ao pé de Sesimbra II

Desengane-se quem achar que Sesimbra nos encanta só pelo Mar. Bem perto, temos as famosas tortas de Azeitão, que na companhia de um café, fazem o dia começar com sede de mais aventuras!

A quarenta minutos de carro, já mais perto de Setúbal e ainda na Serra da Arrábida, encontramos Palmela e o seu Castelo, onde se pode avistar o horizonte até à Capital. A muralha mais antiga data de entre os séculos XII a XIII e no antigo convento, funciona agora uma Pousada Histórica.

 


Do alto do Castelo, espreitamos uma esplanada junto a um moínho e decidimos procurá-la à saída. Chama-se a Casa do Castelo e por lá fizemo-nos acompanhar de uma tarte de lima deliciosa e uma somersby fresca. Mas a verdadeira delícia é esta vista...



Um outro lugar a não perder, que nos faz lembrar Sagres (nem que seja pelo vento!!!) é o Cabo Espichel, que é o mesmo que dizer, a extremidade da península de Setúbal. Um sítio onde vale a pena terminar o dia e saudar o Sol antes que se deite!


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Ao pé de Sesimbra I

Depois de dez dias de férias a cinco. as últimas férias foram passadas a três, em Sesimbra. Apesar das minhas parcas memórias de infância, havia ainda muito por explorar e juntos ainda não o tínhamos feito. Nem houve tempo para desfazer as malas, assim que chegamos do Parque Natural de Montesinho, passamos uma noite em casa e rumamos a Sul.

Chegamos ao final da tarde e já só tivemos tempo para pousar os pertences e procurar um sítio para jantar. Ligeiramente afastado do centro, quando se percorre a estrada a pé e parece já não haver mais restaurantes, surge o  restaurante "Lobo do Mar", onde se pode apreciar um peixe fresco, claro! Comemos lulas e choco, mas foi à saída que encontramos a maior das surpresas. Avisto ao longe uma cauda felpuda, junto à berma de uma estrada completamente citadina e pergunto ao Jorge "aquilo é mesmo o que estou a pensar!?" Uma Raposa que se manteve intacta, nos deixou aproximar, fitando-nos, enquanto continuava a pegar no pedaço de carne que ali a chamara. Uma Raposa que nos saudou e nos deu as boas-vindas para mais umas férias magníficas.

Um outro restaurante que vale a pena experimentar, é uma pequena "tasca" bem típica, onde se come "bem e barato". Peixe, uma vez mais, claro!!! O "Isaías" foi uma recomendação da minha amiga Helena, uma habituée por estas bandas, que sabe do que fala. Vale a pena chegar cedo...as duas pequenas salinhas enchem rápido e a fila é grande, mas é sempre uma oportunidade de convidar um casal de holandeses a sentarem connosco e conhecer a história deles!

Gastronomias à parte, um dos primeiros sítios que quisemos visitar foi o Portinho da Arrábida. O acesso aos carros é limitado e por isso, especialmente para quem tem bebés, o melhor, mais uma vez, é ir cedo. Pese embora alguma pena por não se manterem as gentes piscatórias naquelas pequenas casas...a paisagem é um postal vivo onde apetece entrar e permanecer, detida na dança que une a terra e o mar.

Amanhã, partilho convosco mais do nosso diário de bordo das férias que já são do ano passado e deixam muitas saudades.





terça-feira, 13 de junho de 2017

Escritos Secretos

Já não ia ao cinema há 15 meses e hoje foi o dia ideal para voltar.

Gostamos dos cinemas UCI, porque na panóplia de filmes em cartaz, incluem sempre dois ou três filmes outsiders em relação ao circuito mais comercial e, já que estávamos em Gaia, fizemos antes uma paragem obrigatória.

Depois de espreitarmos o mar da esplanada da Pimenteira, enquanto nos refrescamos com dois sumos naturais e deliciosos, abastecemo-nos de tempero italiano e chimichurri e seguimos para o cinema.

Vanessa Redgrave traz para o grande ecrã, numa sublime e terna apresentação, os escritos secretos de Roseanne: uma jovem  com o carisma próprio de quem não teme o amor (Rooney Mara), mas envelhece no manicómio onde a sua loucura é construída por uma sinergia de mentes perversas e obcecadas.

Enquanto a maioria a vê como uma louca solitária e histérica, duas pessoas que conseguem ver com o coração fazem ressurgir a luminosa mulher por trás da tragédia, mostrando que o amor e a esperança se podem manter vivos, mesmo quando tudo por dentro parece ter morrido.

O filme aborda temas como a castração e leitura perversa da natureza selvagem e da sensualidade feminina, a loucura e a sua construção, o amor destemido, inalterável e inapagável por um filho, como semente de esperança e alavanca para a coragem de aguardar a felicidade...mesmo que ela só chegue passados cinquenta anos.

Ainda foi retratado um magnifico parto, com um invejável trabalho de parto anterior, na água. (brincadeira para atiçar amigas a verem o filme!!!) No final, não pude conter algumas lágrimas emocionadas e a gratidão por todo o amor presente na minha vida.

O filme está em exibição desde dia 1 de Junho, por isso não percam tempo...há pipocas salgadas para quem não quiser fugir à dieta saudável! :)


Papas à Jasmim II

O maior desafio dos pequenos almoços saudáveis é a diversificação, contando que sejam também fáceis/rápidos de executar.

Hoje, foi a vez de quinoa com leite de aveia, maçã, mel e canela.

Também és adepto da alimentação saudável para toda a família? Partilha connosco as tuas receitas!!!

Bom Dia e Boa Semana!


segunda-feira, 5 de junho de 2017

O meu Parto aos olhos da Parteira.

Pedi à querida Isabel, de quem já vos falei, que me contasse como viu o meu Parto. Tal como a sua presença naquele dia, o seu relato empodera-me e emociona-me. Obrigada Isabel, por partilhares comigo a tua visão do meu Parto, momento único de metamorfose:

"De manhã acordei cheia de energia... depois da azáfama do início do dia, em volta dos pequeninos (brincadeiras de inicio do dia, higiene, preparar lanches, levar ao infantário...), chego ao centro de saúde para mais uma manhã dedicada a uma missão que se repete no meu dia-a-dia: fazer com que mulheres grávidas conheçam, descubram e/ou potenciem o seu poder feminino e assim se sintam mais confiantes e preparados para o dia do parto/nascimento e o inesquecível encontro com o seu bebé.

Pouco tempo depois de chegar recebo um telefonema.  A Anne estava a sentir as primeiras contrações e tudo indicava que o trabalho de parto poderia ter iniciado. A Anne é uma mulher muito centrada na sua feminilidade. A sua gravidez tinha sido cheia de energia positiva, amor, saúde e havia muita cumplicidade entre a Anne e a Jasmim. Com o plano de um parto fisiológico, no Hospital Privado da Boanova, tinha-me escolhido como enfermeira parteira para a acompanhar nesta viagem transformadora, desde a gravidez até aos primeiros dias de vida da Jasmim. Referiu ao telefone que tinha contrações de intensidade reduzida e irregular, mas frequentes, aproximadamente de 10 em 10 minutos. A Jasmim dava provas da sua vivacidade e energia movendo-se, comunicando. Perguntei à Anne se se importava que a Joana (enfermeira parteira) fosse até lá, para perceber se deveria desmarcar as sessões e consultas agendadas para essa manhã, ou se efectivamente ainda estaria no início. 
Confiante, Anne disse que não se importava, que teria gosto de a receber, mas que lhe parecia ainda ser uma fase inicial. A Joana foi por volta das 11h e relatou: contrações de intensidade reduzida e irregular, mas frequentes, apresentação fetal apoiada, frequência cardíaca do bebé dentro dos parâmetros normais e com acelerações (bons movimentos do bebé), membranas íntegras e colo uterino posterior, mole, em início de extinsão e com 2 cm de dilatação... em poucas palavras, tudo indicava que se tratava de uma fase incial de trabalho de parto, mas ainda não estaria em fase ativa. Apesar disso lembro-me de partilhar um instinto com a Joana: não sei por quê mas acho que quando começar vai ser rápido... 
Estava a almoçar com a Joana, uma fantástica salada tropical e um sumo natural refrescante, e novamente o meu telemóvel toca: era o Jorge e de barulho de fundo eram perceptíveis sons que me são muito familiares, de mulher poderosa em trabalho de parto e verdadeira sintonia com o seu corpo e o seu bebé. Ele disse, agora parece estar diferente e talvez seja melhor vires até cá. Referi-lhe qual era o meu instinto e que me parecia prudente que fossemos para o Hospital de Boanova, em vez de nos encontrarmos primeiro em casa. Ele ausentou-se para perguntar à Anne e retomou pedindo-me que fosse primeiro até lá. Já não tomei café. Paguei a conta e saí.
Quando cheguei confirmei o que suspeitava... evoluía muito rapidamente. A Anne estava na banheira da casa de banho, apoiada no Jorge e a casa enchia-se de sons que não traziam dúvidas... a mãe da Anne estava em casa e disse-lhe que seria importante ir buscar o carro para colocar as malas, pois estava na hora de ir para o hospital. Quando entrei na casa de banho, os sons começaram a transformar-se em grunhidos, de força... a Jasmim empurrava-se para a vida... a Anne sentia já os primeiros esforços expulsivos... não havia tempo para uma viagem com segurança até ao hospital, a Jasmim ia nascer em casa! 
Telefonei rapidamente à enfermeira parteira Sónia e pedi que trouxesse o material de emergência pois este bebé, apesar de não programado, iria nascer em casa. Lembro-me da Sónia me dizer: “Eu tenho de ir a casa buscar a mala... não preferes que vá direta para aí?” - “Não!” – respondi – “Acho mesmo que não será necessário (e não foi ), mas preferia que fosses buscar a mala, pelo sim, pelo não...” Expliquei à mãe da Anne que o bebé estava com pressa, que não daria tempo para irmos para o hospital, mas tudo indicava que iria correr muito bem. Fomos para o quarto e a Anne colocou-se numa posição vertical sobre a cama, de joelhos, apoiada no Jorge, perfeitamente conectada com o seu corpo e com a Jasmim. 
No intervalo de cada contração sorria, dormia... durante a contração deixava o seu corpo comandar, em perfeita sintonia com ele... “Respira, respira... sopra, sopra!!” – disse a mãe (acho que estava também a falar para ela mesma  ) – “Não se preocupe, ela está a fazer tudo muito bem!” – disse eu – “Ohh.... pois... parece que sim.... sabe, é o que se vê nos filmes!!... e este é o meu primeiro parto!”. A Anne tinha nascido por cesariana... aquelas palavras sentidas comoveram-me muito... A bebé começou a coroar. O seu coração batia forte, 135/145 batimentos por minuto, sempre muito bem. A Jasmim mexia antes de cada contração, mostrando que tinha força e que ela mesma se empurrava para a vida. A Anne colocou a mão na vagina e sentiu a cabeça da Jasmim pela primeira vez... muita emoção! 
Mais umas contrações e... NASCEU!!! Que momento maravilhoso, que vitalidade! O pai emocionado pega na câmara e começa a fotografar sem parar, como se quisesse congelar ali aquele momento, captando toda a essência... mas é algo que se capta com o coração, com os cheiros, os sons... apesar das fotos sem dúvida ajudarem a nossa mente a viajar no tempo e a lembrar essa essência.... a avó recém-nascida abraça a filha orgulhosa... “Deixa isso pai, anda para aqui!” – diz a Anne segurando a Jasmim nos braços, linda, como uma deusa, corada e de olho a brilhar, apaixonada e poderosa. A câmara passou para a parteira e deitaram-se os três, a olharem-se, tocarem-se, beijarem-se... parabéns a você!!... 
Parabéns à Jasmim, cheia de vitalidade, parabéns à avó, orgulhosa e emocionada, parabéns ao pai, protector e deslumbrado, e parabéns à mãe, poderosa, forte e verdadeiramente feminina!... Muito obrigada pela honra de poder estar do vosso lado neste momento tão especial. "

Isabel



Liberdade

Lá está ela, reclamada quando perdida e quase invisível, esquecida, quando se tem. Perguntei-vos qual é o valor que mais prezam. O meu? a Liberdade.

Prezo outros, claro está, mas pensando bem, qual pode existir sem ela? Só posso estar em verdade se tiver a liberdade de a expressar. Só posso estar grata, se tiver liberdade para experimentar e sentir. Até mesmo o Amor, esse valor precioso, só pode exercer o seu poder em Liberdade.

Liberdade como ser humano, como povo, como mulher, como mãe. Liberdade de pensamento, de movimento, liberdade para escolher, para seguir em frente ou pousar. Liberdade para ser quem sou, sem amarras nem medos de purgatório.

Liberdade para mim e Liberdade para ela, agora e quando crescer. Muita Liberdade, é o que lhe desejo!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Bracara Augusta

Hoje tivemos quatro horas para gastar a dois. Só os dois.

Gostamos de nos sentir em fuga e por isso escolhemos sempre o novo, o que está por descobrir, o que nos faz realmente sentir fora de casa e, nem que seja por momentos, de férias.

Decidimos ir a Braga, que é fora de rotina, sem ser longe. Ambos tínhamos uma ideia menos positiva mas da última vez que passeámos pela parte velha da cidade, prometemos voltar e hoje foi o pretexto ideal para o fazer.

Se a nossa vontade se alinha sempre quando o mote é escapar, não é menos verdade que os nossos gostos fluem em semelhança, com tanta facilidade quanto nos apaixonarmos um pelo outro, todos os dias.

Sem mais lamechices, fica um mini-roteiro da mini-fuga de três horas em Braga e o que nos encantou, sem no entanto completarmos a promessa de lá voltar, já que muito ficou ainda por esmiuçar!!!

Estacionamos o carro e decidimos caminhar pela cidade velha, com os seus antigos monumentos e fachadas, com lindíssimos arcos góticos e algumas ruas estreitamente típicas, como esta:



Prosseguimos, enquanto procuramos algumas ideias para pararmos mais tarde, ao almoço. Um restaurante em conta, com um espaço agradável (se possível na esplanada) e comida bem confeccionada. Passamos pela Sé e encontramos uma confeitaria com ar bem atraente. Já lá estivemos da última vez e por isso, não entramos, mas para quem gostar da combinação café e bolinho, a paragem no "Tíbias de Braga" é obrigatória:



Na continuidade da nossa caminhada, os meus olhos desviaram-se para um menu exposto na rua, que se revelou num conceito ainda mais interessante. Um edifício que engloba uma Galeria de Arte, uma Loja vintage, uma Loja de Criadores Portugueses (ID Concept Store-Braga), onde encontramos algumas peças de colegas nossos, prova de que o que fazemos nos define e, por fim, um espaço-livraria que é também um espaço-jardim e um espaço-cafetaria.

Como os nossos desejos sempre se alinham intuitivamente, lá diz ele "aquele sítio pareceu-me bem. vamos lá almoçar?!" É claro que às vezes nos enganamos, mas a maioria das vezes, o resultado final é sempre melhor que o esperado e aqui não foi diferente.

A entrada faz-se pela livraria, que engloba também uma livraria infantil para deliciar os mais pequenos ou as mães deles, mesmo que estejam em "escapada modo solteiras". Há coisas que não mudam e ali está ele "Mulheres que Correm com os Lobos" a olhar para mim, antes de todos os outros livros, mesmo comigo a conhecê-lo tão bem. Bonito, foi estar mesmo ao lado de um livro que lhe salta à vista a ele e que me faz pensar nele enquanto buda de mindfulness, como ainda não me tinha dado conta. Apesar das minhas tentativas esforçadas, ainda é muito difícil para mim "estar no agora" e para ele trata-se apenas de calçar as sapatilhas!



Feitas as reflexões, sentámo-nos finalmente no jardim. Um Jardim próprio para aspirantes a mindfulness. Um Jardim fantástico de tão simples e uma quietude tão simples de atingir, nesta casa estilo séc. XIX, recuperada para este conceito tão agradável.

No prato, uma sopa ligeira e uma salada de salmão fumado, bem confeccionados e económicos, no atendimento, a primazia pela simpatia e, no coração, a boa companhia aliada à certeza de que fugir com ele vale a pena, como sempre.


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