domingo, 31 de dezembro de 2017

Presépio de Xisto

Máquina do tempo, tem a capacidade de nos levar onde já estivemos, onde vivemos momentos felizes, onde já nem nos lembrávamos de ter estado e tantas, tantas vezes, até quem não está mais aqui. A fotografia "desenha com luz e contraste" rostos, corpos e detalhes que hoje, num só clique, eternizam momentos e é, para mim, a mais bonita invenção dos tempos.

Hoje, vasculhei as que estão no computador e encontrei estas, que me prenderam. Fotografias têm esse dom também... permitem-nos olhar-nos do lado de fora, sair do corpo e ver além do óbvio. À primeira impressão, senti que havia nestas fotografias um estado de graça exagerado, um brilho excessivo nos olhos, um sorriso exaltado...

Nada que não aconteça, sempre que partimos à aventura, ao novo, à maneira como gostamos de viver a vida. Mas, olhando para a data das fotos, percebi, realmente...havia algo mais! Foram tiradas a 5 de Junho de 2015 e mesmo sem que soubéssemos, esta viagem, este passeio pela "Aldeia Presépio", já tinha sido feito a três... 

A Jasmim já estava connosco há uma semana e se já era tão simples sorrir nesta Aldeia feita de xisto, com certeza a sua presença tornou o momento ainda mais mágico. 

Foi bom olhar estas fotografias e relembrar como a Aldeia de Piódão é inconfundivelmente bonita e calma. Recordar a descida, a passagem para aquele ninho, que  naquele momento foi só nosso e daquela ovelha. Sentir-nos de novo rodeados pela protecção e segurança da Terra, ali representada no Xisto e na Ardósia.






















sábado, 30 de dezembro de 2017

(Bom) Porto

Adoro o Porto. Sempre adorei. Por isso, sem hesitar, com oito anos, disse aos meus pais que podiam voltar para o país deles, sem se preocuparem comigo, nem com a minha adaptação.

Não me adaptei. 

Não foi preciso. Eu sou daqui!

Sou tão do Porto, como o Porto de mim e quanto mais avanço nos dias que a vida me oferece, mais descubro como pertenço a cada rua e história.

É a minha cidade Invicta. Invicta na beleza e no carisma, no falar e na presença. Invicta, olhada pelos olhos de quem a conhece a trabalhar, como eu ou pelos que se surpreendem, olhando-a pelas primeiras vezes.

É para olhá-la como se fosse a primeira vez, que às vezes saímos de casa e vamos até lá, com olhos de turistas ...e... qual não é o espanto de perceber que há sempre algo por descobrir e algo que fica por conhecer. 

Nesta ida, fizemos a obrigatória marginal a pé, fomos até Santa Catarina, onde é impossível não entrar na Fnac, tomamos café junto à Batalha e paramos em Sto. Ildefonso, para um almoço caseiro e muito económico no "Freitas" e voltamos a descer, para conhecer o Teatro de Marionetas.

O tempo que sobra, como toda a gente que conhece o Porto sabe, é para andar muito e observar os detalhes de uma cidade icónica.