quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Sobre o Lima

Ponte de Lima, vila bonita.

Não há vez que tenhamos lá ido sem gostar e não há vez que tenhamos saído sem querer voltar.

Atrai-nos imediatamente pela horizontalidade verde, enquanto nos detém...apaixonadamente...no agora.

À chegada, deixamos que a Jasmim explorasse a margem do rio que aparece logo em frente ao parque de estacionamento, que é também um ponto a favor do local. Depois dos abraços aos soldados Romanos, fomos tomar café e passear um pouco pelas ruas antigas e carismáticas da vila.

Após o almoço, seguimos pela encantadora Ponte Pedonal até à outra margem, sempre com música ambiente, que o torna agradável a qualquer idade. Enquanto a Jasmim passeava, alegremente, cruzámo-nos com pessoas da vila, adolescentes, idosos e vários turistas.

Seguimos para a esplanada à direita da Igreja, onde, de tão tranquila, quase, se pode adormecer...caso não existisse uma Jasmim!!! Foi assim, bem despertos, que fomos novamente visitar um Jardim imperdível.

Mais uma vez, o tempo congela em cada detalhe. Em cada pétala, vejo a infância, a menina e a mulher. Alimentar a criança interior e despertar a Deusa, pode ser tão simples como andar de baloiço, descalçar os pés e sentir tudo, ao máximo, como uma criança de 19 meses... e Ponte de Lima é, seguramente, um bom sítio para o fazer.


























1 do 11

Assam-se as castanhas e todas as folhas já caíram.
Os ramos ficam nus, e os corpos, agasalhados, escondem nostalgias que são fruto da época.
A mim, lembras-me o aniversário da minha mãe, a neve dos meus três anos e os quase dois da minha filha.
Honro os mortos todos os dias, mas o Inverno propõe os contos à lareira. E eu, que sempre gostei de histórias...posso imaginar-me sentada no chão com um copo de vinho tinto, rodeada de mulheres sábias a falar-me de criaturas que são metade mulher, metade bicho.
Ou posso olhar para as delícias do outono que agora cai e dar as boas-vindas ao Inverno, com a certeza que todas nós somos essas mulheres...
Tu também, filha, tu também.
Um dia...à lareira, vou recontar-te a tua história.