sexta-feira, 26 de maio de 2017

Jantar simples

Quando falta tempo para fazer o jantar do bebé... Fica uma ideia simples com proteína e vegetais: ovo cozido e ervilhas com fruta no final, claro.

Hoje experimentamos pêssego. A Jasmim adorou!!!



domingo, 21 de maio de 2017

Sis

A Sis faz anos.

Ela vem das Américas, eu venho dos Alpes e ela conquistou o meu coração no Gerês. Talvez porque ela, como eu, não pertença a um só lugar, embora pertença inequivocadamente ao meu coração!

Mais que o café, o chocolate ou as bruxas, partilhamos sorrisos, medos, desabafos e a ternura que ela tem pela minha filha quando a pega nos braços.

Um brinde a ela e ao nosso mantra da amizade - a presença.








sexta-feira, 19 de maio de 2017

Ele.

Ele é a folha de outono que me cai nos braços e não quero soltar, de tom terracota, a parecer dourado. A folha que me escapa entre os dedos porque solta se faz feliz, porque solta volta para mim, que me fiz seu poiso, seu ninho, num sussurro estrondoso de quem ama sem medida.

Ele é a onda do mar, forte, do Norte...que chega para arrebatar os nós de quem, na fobia, espia o prazer como se fosse proibido, com medo de salgar um coração que, sem sal, não sabe amar...

...ainda...porque ele chega, devagarinho...ou nem pensar! Chega alto como o castelo, lá em cima, imponente no Amor, no fervor, no terror de quem sente tudo inteiro, sem partir nem descascar. Cru, estaladiço...como se vê e como se lê... Como se ouve e se prova, sobretudo isso...como sabe. Como se sente e ponto.

Fácil assim...amar-te, sem complicar, meu Amor. Hoje foi bom lembrar o dia de outono...ou será, primavera? Já não me lembro...pudera, com o teu sorriso como paraíso os dias passam sem que eu os conte, para que se demorem, nossos.




"A Pimenteira" do sorriso doce.

Melhor do que os temperos artesanais da Vó Cola? Um lugar onde estas misturas de especiarias voam das suas embalagens especiais, para o prato. Melhor do que isso? Quando esse prato pode ser saboreado com vista para o Mar.

Quase todas as pessoas que me rodeiam, tal como eu, não têm cá as suas raízes. Talvez porque as raízes se façam onde sentimos, mais do que onde brotamos e a menina mulher que veio do outro lado desse Mar, deu agora significado à sua sorte, que é resultado do seu trabalho.

Eu desejo-lhe o maior sucesso e "A Pimenteira" é com certeza, mais um bom motivo para uma ida à beira-mar gaiense!

                            A Pimenteira

Magic is coming

Todos os contrários se exponenciam na presença do seu oposto. As máscaras caem, aceitamos ver a sombra e o caos dá lugar ao equilíbrio, individual e, mais tarde, coletivo.

Colaboremos...Magic is coming.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sim

Se deixo a minha filha mexer na terra e sujar a meia-calça branca que acabou de vestir?

Se a deixo aprender a comer sozinha, pegar na comida com as mãos sem medo que nunca saiba usar uma colher, porque, pelo contrario, só assim aprenderá por ela mesma?

Se a deixo pegar na colher, mesmo que a sopa vá metade para a boca, metade para cima da mesa?

Se a deixo pegar em marcadores, mesmo que acabe por riscar as mãos, depois de ter feito umas dezenas de linhas retas com um traço tão definido que nem parece verdade?

Sim! Claro que sim!

Se eu prezo a Liberdade como um dos valores primeiros e lho quero passar? Claro que sim!

O meu primeiro desejo do dia para ela? Que seja livre, de pensamento e de ação.




domingo, 7 de maio de 2017

Mães

Todas construímos uma mãe pessoal, que é como dizer, uma mãe interna. Essa criação detém a mais profunda das alquimias, já que temos várias mães ao longo da vida.

Mães quentes, que acolhem e cuidam, temperamentais quanto baste para um abraço depois de uma má escolha de palavras, como para uma bola de fogo lançada a quem ousar amaldiçoar-lhe as crias.

Mães com notas herbais, como a minha, sempre frescas e ativas, prontas para a frente de ataque, que se movimentam como for, se for pela filha.

Mães florais, de perfume suave, mas marcante, que imprimem a sua personalidade afável e terna como imagem de marca, mesmo quando estão a explodir por dentro.

Mães tradicionais ou mães originais... mães que enchem o prato dos filhos com medo que fiquem sem reservas ou mães que rejeitam a lactose e o glúten para os filhos.
Mães solteiras e mães casadas, que também sabem ser o pai se for preciso.

Mães de verdade, mães de substituição e não menos genuínas e até mães que nos envenenam com maçãs vermelhas e que têm com as outras o comum de nos fazer crescer. Vão entrando nas nossas vidas desde a infância e nós vamos extraindo as suas fragrâncias, ao longo da vida.

Mesclamos e deixamos as suas essências maturar, fervilhar até ao ponto incerto, à consistência que nos permita ser mães menos-que-perfeitas em constante evolução.

São o nosso big-bang, a nossa origem, aquelas de quem queremos aproveitar o melhor e evaporar o pior. São a mistura da nossa mãe com a nossa avó, da nossa amiga com a nossa madrinha, da nossa sogra com a nossa madrasta, do que nos faz bem e do mal que repetimos.

Juntas, são a poção que invoca o nosso arquétipo de Mãe, que nos aproxima ou nos afasta da mãe selvagem, a mãe loba, "a que sabe".

 No final, a única decisão que nos cabe, é a direção da adaga. O que ela corta e o que ela multiplica, o bem e o mal que ela escolhe de cada mãe das nossas vidas, como ingrediente final do tubo, (para sempre) de ensaio, que define a mãe que somos.

Às mães da minha vida!











quarta-feira, 3 de maio de 2017

A Parteira

Não é só mulher, é mãe de três filhos.
Não é só enfermeira, é parteira.
Não é só uma parteira, é A Parteira.

Entrou na minha casa de banho e não precisou de ver a minha cara mais do que 30 segundos. "Parece que esta bebé vai nascer em casa, não é mamã?". A voz dela foi música para os meus ouvidos. Mais do que me ler, mostrou-me que me lia e que sabia exatamente o lugar onde eu estava.

Ela sabe que eu estava ali, mesmo sem estar. Que no Parto se está em muitos lugares ao mesmo tempo e que viajamos para lá do corpo. Que só assim é possível finalizar a magia e expulsar das profundezas a mais preciosa das alquimias - a vida.

Ela é o tambor xamânico, a batida tribal que ressoa discreta, como um pano de fundo, que não se vê, mas está lá. Que ampara pelo simples facto de lá estar. Sem fazer nada, faz tudo. Discreta ao máximo e Essencial no todo.

Vou falar de muitas mulheres à Jasmim...Da Isabel, vou falar-lhe todos os vinte cincos de fevereiro, ou nos dias três de maio, como hoje, se me apetecer... 

Disseste-me que estavas pronta para a passagem. O teu pai deu-me a mão e juntos atravessámos o túnel verde que nos levaria ao teu mundo. Um imenso portal âmbar deixava vislumbrar a luz do sol...e da lua, que dançavam embriagados ao perfume de um pé de Jasmim em flor...

À entrada, uma guardiã, que nos assegura flores, amor, bravura e a sua leal companhia para a Viagem.

Obrigada Isabel.

(Para quem tiver interesse no tema, ficam sugestões de páginas a visitar: o trabalho da Isabel/serviços disponíveis no âmbito do Parto e preparação do Parto e a página do Primeiro Congresso sobre novos paradigmas do nascimento, já em Maio!!!)

                                                                         




terça-feira, 2 de maio de 2017

Estrelas

Ela diz que aquela música a faz lembrar nós.
"Mas o mundo nos chama loucos..."
Diz que também nos chamam loucos, por sermos "assim, diferentes"
"porque contamos estrelas do céu"
Diz que o que mais gosta em mim é de eu não ter medo de dizer e fazer o que penso, mesmo que seja "diferente".

O que eu acho que ela não sabe, pelo menos não tão bem como eu, é que ela também é diferente, inédita, inusitada, Especial.

Que não só conta as estrelas do céu, como as pinta, que pensa o mundo como uma tela sem limites, que dá à obra dela as cores que quer, quando tão livremente pensa e concebe as suas opiniões. Que o seu sentido de justiça se expressa numa diferença clara de quem não tem pudor em exclamar o que muitos não ousam dizer. 

Conta as estrelas do céu e faz a Lua sorrir. A minha Lua, a minha filha, que é irmã dela.
No dia em que eu me juntar às estrelas, sei que a minha filha terá o melhor exemplo do que é, mais do que ser Mulher, ser Humano. 

E sei, que juntas, quando contarem as estrelas, saberão com qual falar.





Once upon a Time

Era uma vez uma pausa no Jardim, para recuperar de três dias de trabalho e três longos dias sem ti.
Com amigos, dos bons, que fazem tudo saber melhor.