Mães quentes, que acolhem e cuidam, temperamentais quanto baste para um abraço depois de uma má escolha de palavras, como para uma bola de fogo lançada a quem ousar amaldiçoar-lhe as crias.
Mães com notas herbais, como a minha, sempre frescas e ativas, prontas para a frente de ataque, que se movimentam como for, se for pela filha.
Mães florais, de perfume suave, mas marcante, que imprimem a sua personalidade afável e terna como imagem de marca, mesmo quando estão a explodir por dentro.
Mães tradicionais ou mães originais... mães que enchem o prato dos filhos com medo que fiquem sem reservas ou mães que rejeitam a lactose e o glúten para os filhos.
Mães solteiras e mães casadas, que também sabem ser o pai se for preciso.
Mães de verdade, mães de substituição e não menos genuínas e até mães que nos envenenam com maçãs vermelhas e que têm com as outras o comum de nos fazer crescer. Vão entrando nas nossas vidas desde a infância e nós vamos extraindo as suas fragrâncias, ao longo da vida.
Mesclamos e deixamos as suas essências maturar, fervilhar até ao ponto incerto, à consistência que nos permita ser mães menos-que-perfeitas em constante evolução.
São o nosso big-bang, a nossa origem, aquelas de quem queremos aproveitar o melhor e evaporar o pior. São a mistura da nossa mãe com a nossa avó, da nossa amiga com a nossa madrinha, da nossa sogra com a nossa madrasta, do que nos faz bem e do mal que repetimos.
Juntas, são a poção que invoca o nosso arquétipo de Mãe, que nos aproxima ou nos afasta da mãe selvagem, a mãe loba, "a que sabe".
No final, a única decisão que nos cabe, é a direção da adaga. O que ela corta e o que ela multiplica, o bem e o mal que ela escolhe de cada mãe das nossas vidas, como ingrediente final do tubo, (para sempre) de ensaio, que define a mãe que somos.
Às mães da minha vida!
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