sexta-feira, 19 de maio de 2017

Ele.

Ele é a folha de outono que me cai nos braços e não quero soltar, de tom terracota, a parecer dourado. A folha que me escapa entre os dedos porque solta se faz feliz, porque solta volta para mim, que me fiz seu poiso, seu ninho, num sussurro estrondoso de quem ama sem medida.

Ele é a onda do mar, forte, do Norte...que chega para arrebatar os nós de quem, na fobia, espia o prazer como se fosse proibido, com medo de salgar um coração que, sem sal, não sabe amar...

...ainda...porque ele chega, devagarinho...ou nem pensar! Chega alto como o castelo, lá em cima, imponente no Amor, no fervor, no terror de quem sente tudo inteiro, sem partir nem descascar. Cru, estaladiço...como se vê e como se lê... Como se ouve e se prova, sobretudo isso...como sabe. Como se sente e ponto.

Fácil assim...amar-te, sem complicar, meu Amor. Hoje foi bom lembrar o dia de outono...ou será, primavera? Já não me lembro...pudera, com o teu sorriso como paraíso os dias passam sem que eu os conte, para que se demorem, nossos.




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