quarta-feira, 29 de março de 2017

Manhãs Celtas

Hoje de manhã fomos desanuviar, tirar o "mofo" , como diz o Papá da Jasmim. Muito simples, um passadiço onde (quase) não passa viv' alma à exceção de uns grandes lagartos que de tão grandes que são, já parecem lá estar desde os tempos dos celtas. Um marsúpio, que serve para metade do caminho porque na volta ela quer é dar as pernas, agora que descobriu que servem para andar, desde que ainda tenha a nossa mão para segurar. (ela ainda não sabe que a mão, como o braço, os olhos e o coração da mãe são coisas que adquiriu de forma vitalícia). Praia, areia e um botão off que ela não precisa ter e que nós, naquele lugar, conseguimos ligar.
Ainda houve tempo para trocarmos palavras e fotografias com um caminhante com destino a Santiago. Tirou-nos fotos e nós a ele. O Jan. Vê-lo caminhar sozinho com os seus pensamentos, com destino mas sem pressa, com objetivo mas sem expetativa sobre o caminho que lá o conduz, permitindo-se surpreender-se e deslumbrar-se com o que lhe surge à vista, fez-me sonhar poder fazer o mesmo, um dia mais tarde. Ou então, apenas poder fazer com que esta manhã não acabasse e eu ficasse só a ver a Jasmim agarrar todas as partículas do Universo.

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