sábado, 16 de setembro de 2017

quatro elementos

Depois da visita à Oliveira milenar, fomos espreitar as estrelas. Aqui, no Algarve, o céu não é o mesmo. Com menos poluição visual, um sítio sem luz dá-nos um deslumbre da escala do Universo. Perante a proximidade das luzes da galáxia, é impossível, como Ele me disse, "acharmos que estamos sozinhos".

A Oliveira conectou-nos à Terra, às raízes. As estrelas ao ar, ao movimento, à ideia de que tudo se transforma. O Fogo, esse, é adjectivo do nosso amor. Não é um fogo que destrói. É o fogo que, lentamente, cozinha cada momento que vivemos juntos. 

É o fogo que com a sua energia, no dia seguinte, na estrada para Espanha mas sem destino escolhido, nos leva a Mazagón. Poderíamos ter parado em qualquer praia, não conseguimos conectar-nos à rede para ligar o gps, escolhemos esta por intuição. 

Ao lado do parque de estacionamento, uma árvore protegida, vedada, um Pinho fulgurante, com os primeiros contornos desenhados há mais de 400 anos! Em apenas dois dias, uma árvore milenar e uma árvore secular! Que final de férias e a lição de que, não são as coisas que não estão lá, és tu que às vezes, não te deténs para as ver. 

Terminamos com a Jasmim a correr atrás das gaivotas, numa praia que se estende ao lado de uma arriba ocre amarela e a molhar os pés no leito do oceano, com a água que cura e salga a vontade de viver. 













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